Estudante adotou animal para mostrar à filha que é possível conviver com a natureza.
Agora, a família já tem três sapos, que se alimentam de insetos e iscas de salsicha.
Além de três cachorros e uma tartaruga, a família da estudante de biologia Janaína Stone, 34 anos, tem um outro tipo de animal de estimação. Ela, o marido e a filha criam sapos há cerca de dois anos.
De acordo com ela, a paixão pelos anfíbios começou por acaso. Janaína conta que, quando se mudou para Içara (SC), há cerca de três anos, notou uma grande quantidade de sapos na cidade. “Como as pessoas tinham medo dos sapos, elas acabavam judiando dos bichos. E nós achamos interessante mostrar para nossa filha que era preciso conviver com a natureza”, diz.
Janaína, então, resolveu cuidar de um dos bichinhos. Ela e o marido esperavam soltar o animal depois que a filha, Ana Laura, se acostumasse com ele. Mas a garota não quis deixar o novo pet. Agora, a família já tem três sapos de estimação: Lucy, Joca e o recém-chegado Robusto.
Janaína diz que os sapos são alimentados com insetos e iscas de salsicha. Questionada sobre o eventual perigo de conviver com os sapos, a estudante de biologia defende os animais. Ela afirma que eles liberam uma secreção, capaz de causar irritação quando entra em contato com os olhos. “Mas isso só acontece se o animal for apertado. Aqui em casa, eles não liberam nunca porque estão habituados”, ressalta.
A família não tem a intenção de adotar mais anfíbios. Segundo Janaína, eles pretendem se mudar para uma casa maior, com quintal, já que hoje moram em um apartamento. Quando isso acontecer, os sapos poderão escolher se querem continuar com a família ou ir embora. “Nossa única intenção é mostrar para essa nova geração que não é preciso ter medo”, completa.
Alerta
O biólogo Odair Aguiar Jr., professor da Unifesp, campus baixada Santista, afirma que não se tem conhecimento de nenhuma espécie de anfíbio que seja nociva ao convívio com o homem, exceto espécies amazônicas, que são menos comuns. "Não há nenhum registro que classifique o 'sapo cururu' como vetor de alguma doença", diz. Aguiar explica que as glândulas do sapo, que expelem secreção quando pressionadas, não representam um perigo à saúde da família.
Apesar de não ser um convívio perigoso, o professor destaca: "Nós desencorajamos a ação de tirar o animal da natureza porque nenhum convívio será tão agradável quanto em seu habitat natural".
URL:http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL182704-5598,00.html
terça-feira, 20 de novembro de 2007
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