Ele diz que tanto dinheiro circulava pelo esquema que até carro-forte foi usado. Procurador pede que ministros do STF aceitem processar os 40 envolvidos.Ao argumentar que o Supremo Tribunal Federal (STF) deveria aceitar a denúncia contra os 40 envolvidos no esquema do mensalão, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, afirmou nesta quarta-feira (22) que os envolvidos no esquema tiveram comportamento típico de membros do "submundo do crime"."Era tanto dinheiro circulando de forma atípica que a [ex-diretora da SMPB, empresa de Marcos Valério] Simone Vasconcelos teve que pedir um carro-forte para transportar R$ 650 mil", disse Souza.Dentro deste esquema, disse o procurador, o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira e o ex-presindente do PT José Genoino eram os líderes. Souza afirmou que eles "ditavam as diretrizes e tinham o comando (do esquema)".Segundo ele, José Dirceu "homologava" todos os acordos negociados com os partidos da base aliada para garantir apoio político no Congresso. O deputado José Genoino era a "principal face política" do esquema, ou seja, negociava os acordos com os partidos governistas, oferecendo "vantagem" em troca de apoio."Não é possível imaginar que um esquema desse porte tenha existido sem o envolvimento de algum membro do governo e de integrantes do partido do governo", afirmou o procurador. "Além do papel político indispensável pelo sucesso do esquema, Genoino tinha muita confiança em Marcos Valério."
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