O que não falta em Pernambuco são histórias de encontros com a Cumadre Fulozinha. Vejam só o que nos conta o Sr. André Agostinho:
"Certa vez, estávamos eu, minhas irmãs e uns amigos seguindo uma trilha num caminho próximo à praia de Suape – no município do Cabo de Santo Agostinho. De repente, percebemos que estávamos dentro de uma pequena mata, mais ou menos fechada. Naquele momento eu fiz o seguinte comentário:
- Se a 'Cumade Fulozinha' estiver por aqui, vamos nos perder fácil!
Todos olharam pra mim com ar de repreensão.Foi aí que comecei a perceber que não sabíamos onde encontrar a saída. Era estranho, porque conhecíamos aquilo tudo muito bem.
Estava chegando as quatro da tarde e logo o sol iria se pôr. Essa era a preocupação de minhas irmãs, pois já começava a ficar escuro. Continuamos a caminhar, quando notamos uma senhora - saída ninguém soube de onde - andando com passos firmes e meio que apressada. Ela não olhou pra gente. Apenas surgiu em nossa frente, caminhando sem nos direcionar o rosto.
Naquele momento, o que queríamos era sair dali. Então resolvemos seguir a tal senhora. Fomos atrás dela por um tempo e, durante a “perseguição”, ela sequer olhava pra trás. Caminhava cada vez mais rápido. Não tinha como olharmos seu rosto.
Já se aproximava as cinco da tarde, quando ela entrou num caminho mais estreito. Nós apertamos os passos porque não poderíamos perde-la de vista. Mas ela sumiu quando entrou naquele caminho! Assustados, seguimos a trilha, mesmo sem encontrar mais a senhora. Foi quando demos de cara com um muro. Que alívio. Encontramos uma referência pelo menos... Contudo, quando pulamos o muro, levamos um baita susto! Estávamos no cemitério de uma comunidade próxima à praia, chamada Nazaré. Atravessamos o cemitério e conseguimos achar o caminho.
Apesar de não sabermos até hoje quem era aquela senhora, o fato é que ela nos ajudou a encontrar nosso caminho de volta. Temos certeza que era um espírito da mata, que saiu de lá para nos socorrer."
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
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