O Sr. Rodolfo Lira registrou para gente uma lenda muito conhecida nas estradas do Nordeste:
Numa noite escura e chuvosa, um patrulheiro estava de plantão num posto de uma das rodovias brasileiras (as chamadas BRs) a fim de parar os carros e fazer as abordagens comuns à profissão de Policial Rodoviário. Ao avistar os faróis de um carro, fez sinal com sua lanterna vermelha, indicando o acostamento, para que o automóvel parasse, entretanto os jovens ocupantes - aparentemente bêbados - com o som ligado num alto volume, ignoraram completamente a ordem do patrulheiro e seguiram em frente. Ele, então, subiu em sua moto e iniciou uma perseguição àquele veículo, sendo seguido por mais dois colegas em uma viatura para dar-lhe apoio.
Depois de alguns minutos tentando alcançar o carro, ao entrar numa curva muita fechada, reconhecidamente perigosa - e ainda mais devido à chuva que deixou a pista muito escorregadia -, a moto do patrulheiro derrapou e ele, diante dos olhos dos seus companheiros, caiu. Seu corpo chocou-se com o chão, com tamanha velocidade e força, que o seu capacete se desprendeu, fazendo com que sua cabeça batesse violentamente contra o asfalto, por vários metros, deixando-o completamente desfigurado e bastante ferido.
Os dois patrulheiros, logicamente, desistiram da perseguição e imediatamente, socorreram o colega, mesmo sob o pavor daquela visão horrenda. Mas, infelizmente, o pobre homem não resistiu e faleceu a caminho do hospital.
Hoje, contam os motoristas e principalmente os caminhoneiros - que circulam naquela rodovia com maior freqüência - que, naquela curva, especialmente nas noites mais chuvosas e sombrias, os viajantes desavisados são surpreendidos pela visão de um patrulheiro rodoviário tendo ao lado sua moto. Ele sinaliza com uma lanterna vermelha para que diminuam a velocidade e, quando obedecem à ordem, e se aproximam do policial, testemunha - com horror indescritível - o rosto do policial se esvair em sangue...
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
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